Milagre Azul
Juntou-se o azul do céu e o azul do mar
E depois, por uma estranha alquimia,
Transformaram-se em linda poesia
Que habita na mansão do teu olhar.
Com ternura, de Efi foram chamar
A dona desse azul que ofusca o dia,
Trazendo, pra ribalta, a fantasia
Dum Olimpo onde as deusas vão morar.
Por mais que suba a serra, trepe os montes,
Por mais que descortine os horizontes,
Por mais que vença agruras, passe escolhos,
Por mais que o sol pretenda refletir,
Em todo o arco íris que me surgir
Não há azul igual ao dos teus olhos.
António Barroso (Tiago)
Portugal
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