Lábios De Mel
Quando os meus lábios, colados aos teus,
Não querem terminar o beijo ardente,
Eu sei, eu sinto, eu penso que foi Deus
Que os foi colar pra sempre, eternamente.
Os lábios que te entrego, não são meus,
Pertencem-te, tos dou, inteiramente,
Porque, sem eles, me erguerei aos céus,
E sempre junto a ti, bem frente a frente.
Teus lábios, sobremesas de iguarias,
Que anseio por tomar, todos os dias,
Em sentida mistura de desejos,
Os teus lábios são mel com que ateias
Esta vontade de roubar colmeias
Para passar a vida a dar-te beijos.
António Barroso (Tiago)
Portugal
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