Abraça-me
Abraça-me, com força e com carinho,
E prende-me com beijos de ternura,
Não deixes que nos fuja esta ventura,
Que se perca nas bermas do caminho.
Abraça-me, meu amor, devagarinho,
Que o teu calor, em mim, inda perdura,
E eu quero teu rosto numa moldura
Pra abraçar, junto ao peito, de mansinho.
Estou preso nos elos da corrente,
Mas é uma prisão que nem se sente,
Onde espero ouvir o eco dos teus passos,
Pra sentir o bater do coração
No silêncio que envolve esta prisão,
Esperando encontrar-me nos teus braços.
António Barroso (Tiago)
Portugal
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