Inverno de dor
Inverno bruto,
Chega sem avisar, sem data certa
Enruga minha alma de
frio e saudade
Se apossa de todos os poros do meu corpo
Destravando com a carranca invernal
Todo um passado que a estiagem havia levado
Subornando meus pensamentos trancados
Abrindo as comportas de minhas frágeis defesas
Vazando as lembranças torrentes do meu sofrimento
E, chorei...de tristeza eu chorei e me entreguei
Inverno bruto,
Noite fria! vento de lágrimas em desalento
Nas sofridas recordações pela noite eu vaguei
Esperando o dia amanhecer... e chorei.
Rose SadallaRio de Janeiro - RJ - 01/11/2002
Formatado com carinho para a Poetisa Rose Sadalla
Carlos R. Lemberg - Em, 22/06/2008
Imagens: Parque Barigui - Curitiba - Paraná
Inverno de 2004, geada em 14/06/2004