Mulher, divina, tu que trazes em teu regaço
- ora vezes a tristeza, outras a solidão -
todo o sacrifício, sem qualquer cansaço
deixai-me adentrar, quando fordes só coração.
Se o fizerdes, na profundidade, do
espaço-tempo, rever-te-ei, ao lado daquela canção
que falava da graça de uma Mulher, traço
a traço se esculpindo, na emancipação.
E é de teu ventre, Mulher, que cresce
a sementinha, em que as pétalas são iguais
até na diferença: como num sobe e desce.
E chamam-te de luz, de entre todas as luzes;
Mulher, mãe, são como estrelas celestiais
razão da nossa vida, carregando nossas cruzes.
Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 08/03/2016
*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.