Sensível
reflexo da alma
onde se alternam sonhos
e realidades, subjugados ao
indecifrável poder do destino.
Refúgio último
da tristeza que,
em lágrimas, se precipitam nos
instantes inevitáveis da vida.
Catedral da alegria onde, vivos,
comprimem-se no êxtase do
prazer fugaz do triunfo.
Verdes,
profundos, se confundem
com a imensidão dos mares.
Azuis, inconstantes, se perdem
entre nuvens no firmamento.
Cinzas, impenetráveis, abraçam a
melancolia dos crepúsculos do outono.
Castanhos...
São os meus que, solitários e
ávidos de prazer, roubam um
pouco de cada cor na esperança
vã de eternizar o amor.
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ -
19/10/2004
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