Símbolo maior
dos sentimentos que,
incansável, marca o caminho por
onde emoções fluem, incontidas,
marcando o compasso dos momentos
marcantes da vida.
Nos olhos
profundos e sonhadores,
disfarça, cautelosa, as recordações
da existência que marcam na face a
máscara dos desenganos ou lapidam
os mágicos momentos de alegria.
Incontida
expressão da angústia
quando, solitária, tenta regar
o solo árido de sua devastada
terra; semeada de promessas
irrealizadas.
Vermelha,
sublinha com sangue
a insana maldade humana.
Perplexa, verte a dor pelos
escombros dos traços frios e
incompreendidos da vida.
Presente nos
momentos épicos dos
grandes triunfos, se engrandece na triste
despedida das amargas perdas.
Salgada, é no
doce momento
do amor, que se perpetua no
tempo para, meiga, confirmar
a verdadeira razão do viver...
Final refúgio
onde, solitária, descansará sobre
branca lápide.
Úmido silêncio
que, junto a ela, inconformado,
confirmará o crepúsculo final da existência humana.
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 04/10/2004
Fundo Musical:
Oaxaca - Ernesto Cortázar |