Faz parte da natureza humana sonhar e idealizar as
mais variadas realizações.
Um hábito muito comum é a lista que se faz no início
de cada ano, as famosas “proposições de ano novo”.
Costuma-se relacionar hábitos nocivos a serem
abandonados, cur-sos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas...
Propostas razoáveis e, na maioria das vezes,
necessárias ao desen-volvimento daquele ser que as relacionou.
No entanto, comumente, antes mesmo da primeira semana
do ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a
disposição sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as
mudanças pro-metidas para si mesmo.
Quem se espera enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge
primeiramente ao próprio interessado.
Propostas como essas abandonadas lembram projetos que
se inici-am e não se realizam.
São barcos que jamais alcançam o mar.
Textos sem ponto final.
Obras que não saem da prancheta de desenho.
Músicas jamais executadas.
Flores que não desabrocharam.
Filhos que não nasceram.
Amores inconfessados.
Desenhos que nunca tocaram um papel.
Promessas não cumpridas.
Sonhos abandonados.
Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e mais adiante caem das
árvores, en-quanto as pessoas passam seus dias adiando partidas, retardando
começos e cancelando mudanças.
E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se
tornando obrigatório.
A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações que
nos caberi-am e que não levamos a termo.
Que realizações serão essas?
Grandes feitos?
Conquistas retumbantes?
Não.
Por certo, as mais significativas missões que nos
foram confiadas têm o objetivo de domar nossas próprias imperfeições.
“Ah! Mas é tão difícil vencer
hábitos antigos!” - poderíamos argu-mentar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para
sempre com cos-tumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles
que nos cercam.
Projetos inacabados, por certo, temos vários.
Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?
Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e
mais viável, por ora.
Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.
É chegada a hora de realizar e de transformar.
É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de
muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de
teimosia vã.
Pense nisso!
Que o dia de hoje seja uma marca significativa na
linha do tempo de nossas existências.
Pouco importa que dia da semana seja.
Não interessa em que mês do ano estejamos.
Não há porque esperar por outra oportunidade.
Chances são como brisas que surgem rapidamente e se
vão de igual forma.
Não há motivo real e justo para permanecer
estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem.
Coragem e disposição hão de ser a inspiração que nos
faltava.
Não amanhã, mas sim, hoje.
Não depois, mas sim, a partir de agora.
Pense nisso.
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Redação do Momento Espírita
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