Quando falou que se alguém nos batesse numa face,
deveríamos oferecer a outra, Jesus expressou um grandioso ensinamento que,
se levado em conta, teríamos a solução para todas as situações
de-sagradáveis que surgissem em nossa vida.
Oferecer a outra face não quer dizer dar o rosto para
bater. É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma
desa-gradável, devemos mostrar a face oposta.
Dar a outra face é mudar a paisagem, é uma ação
positiva diante de uma negativa.
Assim, quando todos atiram pedras, ofereça uma flor.
Quando todos caminham para o lado errado, mostre o
passo certo.
Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto,
acenda você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro
sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com
bra-ços que confortem.
Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um
pouqui-nho, ensine, começando por aprender, corrigindo-se a si mesmo.
Quando alguém estiver angustiado, mostre-lhe a face do
conforto.
Se encontrar alguém em desespero, acene com a
esperança, mes-mo que isso seja um desafio para você mesmo.
Quando a terra dos corações estiver seca, que sua mão
possa regá-las.
Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos
da incom-preensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala,
acariciar a flor.
Onde haja portas fechadas para o entendimento, leve a
chave da concórdia e da compreensão.
Onde o vento sopra, frio, enregelando corações, que o
calor de sua alma seja proteção e abrigo.
Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as pegadas que
condu-zem a um porto seguro.
Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça
uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma luz que rompe as trevas e
clareia o ambiente mental.
Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de
volta.
Quando a face da solidão se mostrar como única
alternativa na vi-da de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa.
Onde o manto escuro da morte se apresenta como um beco
sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os seres que fazem a
passagem pela porta estreita do túmulo.
Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da
vida, onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.
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Num dia, que não vai muito distante, um
homem especial nasceu na região da úmbria, na Itália.
Ele ficou conhecido como Francisco de Assis, pois foi
em Assis que ele nasceu.
Aquele homem singular sabia o que Jesus pretendeu
dizer quando falou sobre oferecer a outra face.
Sua vida foi um hino de paz, e sua oração ficou
imortalizada nas páginas da história, como a oração de Francisco de Assis.
Ele pede ao senhor: “faze de mim um instrumento da tua
paz.”
“Onde houver ódio, faze que eu leve o amor.”
“Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.”
“Onde houver discórdia, que eu leve a união.”
“Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.”
“Onde houver erros, que eu leve a verdade.”
“Onde houver desespero, que eu leve a esperança.”
“Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.”
“Onde houver trevas, que eu leve a luz.”
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Redação do Momento Espírita
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