Recebi da Poetisa Rivkah em 01/10/2005
 

Se jogar, ao mundo se lançar

muitos podem se aventurar,

peito aberto, sem medrar,

o difícil é depois.. ,

quando não há volta,

e o que surge são verdades de dois...

Já no ar!

Em pleno adejar

Quando, o vôo já arfante e menos brando,

olhar a imensidão,

e nela observar alguns poucos pontos claros

e um trânsfugo raio de clarão,

e não puder mais desistir (absconso, ter que prosseguir),

só resta continuar, caminhar,

seguir!

Justamente a partir dái,

o bicho pega e

nos faz rolar, nos esfrega,

haja coração!

Bum!!! Colidir de trem com

caminhão!

O mundo lá de cima,

além de vicejar sismos e cismas,

fica tão pequenino, feito birra de

menino,

em compensação,

com a já trêmula respiração,

o medo tende a aumentar!

Comprime os segredos, feito nó

que sem dó,

se põem a apertar!

E a pergunta, (aquela que persiste, rejunta)

mais freqüente:

- latejando na cabeça da gente -

Como farei

ao chegar no chão?

Como me desvencilharei

do vôo ilusão?

 

Ih, amiga...

Vê se segura a onda, sem briga...

Agora agüenta!

Pois a "chapa esquenta"!

A vida é isso aí, feito onda, num ir e vir,

ou se atira, se solta feito tiro com mira

e vai até o fim, sem aquela de "pena de mim",

e mãos a obra, o que significa viver -

ou "sarta fora",

feito herói nu, sem história,

"rala o peito",

deixa o feito pelo não feito.

"vai simbora", feito filme de outrora,

por medo de se dar,

- que advém da incerteza do se soltar -

e sofrer!

- rompante desvairado,

de acreditar que a solução,

é morrer! -

 

Prazo de entrega, ou promessa que fica,

nunca se estica.

Ou vai ou fica!

 

rivkahcohen

josemir tadeu



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