Em todas as
manhãs...
O sol aponta no horizonte, oculto...
E as mãos espalmadas suplicam uma prece,
Pelo dia a dia...
Pela consciência e paciência,
Pelas buscas,
Pela solidão instantânea no horizonte distante...
Em todas as
manhãs...
Sou poeira a desvendar mistérios,
a desenhar muito mais do que os olhos veem,
A procurar metades perdidas no ar,
A derramar magia no coração...
E a esperar o alimento constante,
que se espalha em nada...
Em todas as
manhãs, não perco um desejo,
O desejo de caminhar...
Caminhar nas pedras, no asfalto,
nas dunas ou nos desertos; mas caminhar...
E um dia chegar....
Chegar em sua
porta,
E poder entregar o amor....
Poder saber de mim...
E de todos os presentes que ocultei...
Em todas as
manhãs olho no horizonte;
o sol, e espero seu renascimento...
Através dos
séculos e das sombras...
Surgirás em meu olhar regado ao seu,
No pulsar em meu coração,
E tua memória saberás quem sou...
Em todas as manhãs!
Cezira T.
Morcelli Vaz
(It@lianinha)
São Paulo - SP - 04/10/2005
Em todas as manhãs...
o que imaginas ser o Sol,
sou eu disfarçado em calor,
tentando esconder minha solidão
no horizonte distante...
Em todas as manhãs...
Tento juntar a tua poeira em busca
dos profundos mistérios desenhados
além do seu olhar. O que imaginas
ser o nada, é o tudo que alimenta a
minha alma. A metade, Amor, que
tanto procuras sou eu, inteiro, que já
sou teu e não sabes.
Em todas as manhãs...
Qualquer caminho que sigas, virão
a mim. Coisas do destino. O desejo
nada mais é que o silêncio que
precede as noites de amor.
Minha porta, está tão próxima, tão
liricamente aberta, que não precisas
bater. Entra, mas não me entregues
simplesmente o amor. Melhor será
vivermos nele.
Esqueça, o horizonte e o Sol, agora,
Amor, eu já renasci em você.
Séculos e sombras, na linguagem da
paixão, resumem-se a instantes...
Memória, para quê? Façamos nosso
primeiro dia eterno, sem fim, sem que
passado tenha.
E assim, nessa eternidade, nossos corações
pulsarão juntos para sempre...
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ -
04/10/2005
Fundo
Musical: Oaxaca - Ernesto Cortázar
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