Halloween, Halloween!

Carmo Vasconcelos

 

 

Está chegando a noite do Halloween!

Cuidados há que ter-se nessa festa...

Que plo meio da alegria espreita a fresta

Pla qual pode escapar mal que germine...


Que há bruxas e vassouras inocentes

Na noite dos bruxedos que se esgarçam,

Misturadas com as más que se disfarçam

De serafins do bem que iludem crentes!


E das luas negras baixam feiticeiras,

Poções e afrodisíacos fatais,

Que enganam os mais crédulos mortais...

 
Seja a noite de alegres brincadeiras,

E as bruxas mascaradas, verdadeiras

Fadas boas, de feitiços divinais!

 
***

Lisboa/Portugal

30/Outº/2009

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 BRUXAS E BRUXEDOS

Humberto Rodrigues Neto


Eu não tolero ver bruxas

calçando toscas babuchas

à volta de caldeirões,

Ali, entre círios mortiços,

é que cozem mil feitiços

em diabólicas poções!


Não quero neste poemeto

ver bruxas de traje preto,

já roto, a soltar fiapos;

nem vê-las de dedos sujos,

em gestos vis e sabujos,

costurar bocas de sapos!


Eu não desejo entrar nunca

na sua sórdida espelunca

a causar-me pasmo e assombro.

Um sinistro bacorejo

me assalta sempre que as vejo

com suas corujas ao ombro!


Eu gosto, sim, de uma bruxa

bem branquinha como a Xuxa,

fervendo em ânsia e calor...

que em paixão ávida e louca

defluisse em minha boca

o doce filtro do amor!

 

Seja o traje em linho ou seda,

mas que o prazer me conceda

de senti-la toda minha.

E que ao sair do seu leito

eu exclame, satisfeito:

“Como é boa essa bruxinha”!

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