IMITAÇÃO DE CRISTO

Carmo Vasconcelos


Meu grande amor elevo ao altar angelical,
Por entre círios complacentes ao pecado,
Onde o sentir ajoelha, humilde e despojado,
Em oração plo desapego do carnal.


Quão transitório se afigura o amor terreno,
Amiúde eivado de fantasmas e castigos,
Onde, pla posse, nascem ciúmes inimigos,
Em negação do vero Amor, Divino e pleno.

À fé me curvo, quando rezo, irmão amado,
Por tua gloriosa senda e digna evolução,
Sem que na mente albergue díspar ambição,
Senão saber-te em paz e luz harmonizado

No puro amor que tudo cede e nada exige,
À semelhança do Deus-Pai que nada pede
Pla Natureza que gerou e nos concede,
Para que nela cada ser se regozije.

Essa a missão que o Redentor preconizou:
Regozijar-me, tão-somente porque existes,

Irmão, no puro ideal cristão em que persistes:
Amar ao próximo, tal qual Jesus amou!

***
Lisboa/Portugal

Agosto/2008

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nobis peccatóribus
Eugénio de Sá



É hora, minha irmã, de Lhe pedirmos

Genuflectidos, perante o Seu altar
P'los irmãos deste mundo, que a penar
Carregam culpas dos males que esculpimos.

Nós pecamos, irmã, por omissão
Esquecidos do amor que lhes devemos
E a redenção do mal que conhecemos
Só se obtém c'o bem de uma intenção.

Fosse a tua mensagem entendida
E o efémero que a matéria encerra
Não seria mais nada nesta terra
Pois que o lixo é só coisa fedida.

E peço, em oração que aos céus elevo
Que regenere Deus outros irmãos
Que se esqueceram dos valores cristãos
P'ra
venerarem outros, de relevo.

***

Brasil

Setembro/2008


Dueto Encerrado



 
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