Falta moeda de R$ 0,01? Então vamos facilitar a vida da popu-lação
arredondando o preço das mercadorias. O que não é justo é que sejamos mais
uma vez prejudicados.
Falta
boa vontade por parte dos comerciantes e as vezes, até mesmo dos próprios
funcionários que trabalham nos caixas.
Minha indignação vem pelo fato de sempre alegarem sempre a falta de
troco em forma de moedas de um centavo. Pois bem se não há moedas de um
centavo em circulação então, nada mais jus-to do que colocar o preço das
mercadorias sem os centavos “que-brados”.
A má fé dos comerciantes é comprovada ao encontrarmos mer-cadorias,
que trazem logo após o cruzeiro, os noventa e nove cen-tavos, pois ao
comprarmos a mesma nunca recebemos o troco de um centavo.
O comerciante tem obrigação de abastecer o caixa com moe-das de um
centavo e tem obrigação ainda de orientar seus funci-onários a dar o troco,
por menor que seja.
Creio
que se exigíssemos o que nos é de direito, rapidamen-te as moedas de um
centavo voltariam aos caixas.
Convenhamos que a omissão não fica só em não devolver um centavo,
muitas vezes a omitir de troco chega a ser de dois, três e quatro centavos.
Se fizermos um calculo rápido e imaginarmos veremos que o comerciante
ao deixar de dar o troco de um centavo à 100 pessoas lucrará no final do dia
1,00, e no final de 365 dias ele terá um lucro de R$ 365,00.
Você pode pensar: “mas nem sempre há um movimento de 100 pessoas num
estabelecimento”. Verdade mas também o estabeleci-mento não sonega apenas um
centavo, muitas vezes deixa de de-volver dois ou três centavos.
Contrabalançando com pessoas que comprar e a sonegação de dois e três
centavos, façamos o cálculo: se o comerciante tiver um lucro diário de dois
reais, veremos que no final de um ano ele terá lucrado R$ 730,00; e no caso
de ter um lucro diário de três reais, seu lucro será, sem nenhum esforço, R$
1.095,00
A
população tem vergonha de reclamar seu troco em forma de centavos e assim
deixa de receber o que lhe é de direito, dando ao comerciante lucros
inimagináveis, principalmente para os grandes comerciantes que tem milhares
de pessoas passando pelos caixas todos os dias.
Ora, se alguém se propõe a ter um negócio deve ter sempre em caixa
dinheiro miúdo para dar de troco aos seus clientes. O que é inaceitável é
deixar de dar o troco em centavos, cometendo um ato ilegal de enriquecimento
ilícito em detrimento do patrimônio dos consumidores.
Não vamos permitir que comerciantes desonestos provoquem rombos em
nosso orçamento.
Hoje
mesmo, quando fui fazer minhas compras no mercado, o caixa deu-me o troco
todo enroladinho, desenrolei-o, contei e veri-fiquei que estavam faltando
três centavos, comuniquei o fato ao caixa, e ele me respondeu que não tinha
as moedinhas de um cen-tavo para me dar de troco. Delicadamente eu disse que
não sairia daqui sem meu troco, que ele arredondasse para menos, conforme
manda a lei ou me dê as minhas moedinhas, e prossegui dizendo-lhe: Por que
sempre tenho eu que arcar com o prejuízo? Rapida-mente, como num passe de
mágica os centavos apareceram.
Eu estou fazendo a minha parte, e você está fazendo a sua?