Quando Rita tinha um ano, ao invés de lhe dar brinquedos eu lhe dava
números de borracha para brincar.
Mostrava a ela cada símbolo e lhe
dizia o nome dos mesmos.
Foi desta forma que ela aprendeu a
identificar cada número.
Mais tarde, quando ela já se mostrava capaz de fazer esta
identificação, com giz branco eu pontilhava, no chão da sala, em
tamanho grande, um
número e, após fazer isso, pedia que minha menina
com giz colorido seguisse
o pontilhado.
Para dar a ela noção de espaço, eu escrevia
em cartolina bran-ca, números bem grandes e pedia que Rita, utilizando caneta colo-rida, de
ponta
grossa, passasse por cima das linhas dos números.
Após ter aprimorado seus movimentos, passei a dar-lhe canetas com
pontas mais finas, a seguir passei para o lápis de cor, e, por fim
para o lápis
preto comum.
Depois que ela aprendeu a fazer corretamente os números, para que ela aprendesse a escrevê-los em linha reta, comprei fo-lhas de papéis
brancos
(desses papéis que se usa para imprimir) e neles fazia linhas bem distantes
uma das outras (mais ou menos 7 centímetros de
distância), pedindo para Rita
que escrevesse qual-quer número, e que,
após escrevê-lo, dissesse que número era aquele.
Conforme a escrita seguia seu progresso, aos poucos fui dimi-nuindo o
tamanho das linhas até que, finalmente, passei a usar o caderno.
Ensinei à minha filha a tabuada brincando com ela.
Na época recortei cartolinas em pedaços iguais de 8 cm por 4 cm e escrevi a tabuada do dois, por exemplo: 2 x 2, 2 x 3, 2 x 4 e assim
por diante.
Depois em cartolina da mesma cor, recortava no tamanho 4
cm por 4
cm, colocava o resultado.
Como uma brincadeira colocava na mesa uma "cartelinha" com 2x2, e
dois resultados.
Então perguntava à minha filha: - Filha quanto é
"dois vezes dois".
Se ela pegasse o resultado certo, eu aplaudia e a
beijava.
Se ela pegasse o resultado errado eu apenas falava, agora é
minha vez
e colocava o resultado certo.
Aí recomeçava colocando os
mesmo números.
Fiz todas as tabuadas da forma acima citada.
Cada cor de cartolina
representava uma tabuada.
Hoje em dia já encontramos essas tabuadas prontas, tanto em madeira
como em borracha, com encaixes.
Para ensinar Rita a somar, pedia a ela que escrevesse dois
nú-meros
quaisquer, um em baixo do outro e passasse um risco debai-xo deles.
Depois pedia a ela que colocasse uma "cruz" do lado direito.
Os
fósforos foram meus grandes auxiliares.
Pedia a minha filha que pegasse fósforos em quantidade equi-valente
ao número que ela havia
colocado primeiro, depois pedia que ela fizesse o
mesmo com o número
de baixo.
Após ela ter feito isso, pedia que ela juntasse todos eles
e os contasse.
Assim que ela obtinha o resultado, pedia-lhe que escrevesse o
resultado da soma, em baixo do risquinho (onde vai o
total).
No inicio do aprendizado eu só colocava números que
somados dariam
um total máximo de 9.
No começo ela se enganava, mas, depois, com treino, apren-deu o valor
de cada número.
Para a subtração usei o mesmo método.
A multiplicação foi um pouco mais difícil.
Ela só entendeu como
fazer após vários exercícios com os fós-foros.
Brincando com ela
expliquei que era uma soma, mas que estava escondida.
Ela riu e após
muita paciência e vários exercícios acabou en-tendendo.
A divisão foi onde minha filha teve mais dificuldade.
Usei vários
métodos, mas só consegui ensiná-la com muita pa-ciência e
perseverança com a técnica da multiplicação.
Ao educar uma criança, deve-se ir com calma e estar atento aos detalhes.
Cada criança tem seu método de
aprendizagem.
É necessário
que os pais descubram qual é o método que mais facilita o
aprendizado de seu filho.