Por vezes somos muito açodados ao julgar
atos alheios...
E isso não é bom...
Ósculos e amplexos,
Marcial
Por
vezes, ao saber de determinado fato, ou mesmo ao ter conhe-cimento de alguma atitude tomada por alguém que seja
pessoa conhecida, se já julgamos errada, apressamo-nos em condená-la, e
muitas vezes sem sequer dar-lhe o direito de se defender.
Achamos a atitude errada, e pronto. Está feito o julgamento.
Afi-nal,
o que ela fez é imperdoável (na nossa opinião). Não paramos para pensar o
que poderia tê-la levado a tomar essa atitude.
Muitas vezes, à luz de novos fatos,
descobrimos que fomos muito
apressados em nosso julgamento, e que o bicho não era tão feio
como estava sendo pintado, mas nem sempre reconhecemos nosso erro e,
pior, nem sempre procuramos consertar o dano que nosso
julgamento açodado possa ter
causado. É meio desagradável o ter de
“voltar atrás”. Muita gente
desconhece
o que seja um pedido de desculpas.
Recebi um pensamento muito interessante, atribuído aos índios Na-vajos.
Se alguém por acaso não sabe, os Navajos são componentes de uma nação indígena que habitava livremente o território da América do Norte, e
que hoje estão confinados em uma pequena Reserva Indígena nos Estados
Unidos... Mas, questões indígenas à parte, vejam que sábio pensamento:
“SENHOR, NÃO ME DEIXE JULGAR UM HOMEM SEM QUE EU
TENHA ANDADO
DURANTE DUAS LUAS COM SUAS SANDÁLIAS”
Prece de um índio Navajo.
Quanta sabedoria encerrada em poucas palavras. Que linda lição
para
muita gente que se apressa em condenar sem se
aprofundar nos fatos, sem
analisar direito a questão.
Com essas palavras, nosso irmão Navajo simplesmente sugere que nos
ponhamos no lugar da pessoa que estamos julgando, e muitas vezes
condenando. Assim, colocando-nos em seu lugar, poderemos
julgar melhor, pois
poderemos ver se agiríamos de maneira dife-rente.
Efetivamente, é muito fácil condenar. É muito fácil apontar-se para
alguém, acusando-o disto ou daquilo. Mas observem...
Ao apontar para alguém, condenando, outros três dedos apontam para seu peito...
Futuramente, antes de condenar alguém, vamos
“usar suas
sandá-lias”.
Vamos ponderar, e analisar bem qual seria nossa atitude com
“suas
sandálias”
nos pés. Vamos ver como faríamos se fossemos nós os
envolvidos nessa questão. É essa a melhor maneira para se julgar algo ou alguém.
Nunca se pode esquecer de que cada caso é um caso, e
certas ati-tudes aparentemente inexplicáveis, tem sua razão de ser.
Sempre será preciso
buscar o que pode ter provocado certas reações.
Agora, se eventualmente fomos açodados e, mesmo sem
calçar suas sandálias (talvez o número fosse
muito pequeno) tiver-mos criticado, condenado, e por vezes insultado alguém, e posteri-ormente descobrirmos que a
coisa não era bem assim, e esse al-guém não merecia o que dissemos,
será importante enfiar-se a vio-linha no saco, e um pedido de desculpas é indispensável. A humil-dade não ocupa lugar nenhum. E se erramos, o
mínimo a fazer é
is-so, desculpar-se pela besteira cometida. Pode não consertar as
coi-sas, mas
sempre poderá amenizar os efeitos, desarmando possíveis reações.
O ideal é procurar viver, sempre mantendo um clima de harmonia com
todos aqueles que estão ao seu redor. Se por acaso uma ami-zade é inconveniente,
é melhor cortar logo os laços, do que per-mitir que um desgaste nas
relações gere inimizades, e não deve-mos esquecer que não é
conveniente deixar inimigos atrás de nós. Vamos procurar viver de forma a não tê-los,
mas se
eles surgirem, é melhor evitá-los, e mesmo ignorá-los, do que
provocá-los.
E com essa ideia, e procurando ter mais amigos, que desejo
a to-dos, UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
Fundo Musical:
A Sweet Remembrence |