O incomparável charme da mulher madura,
aliando sensualidade e "savoir faire",
podem ser a felicidade de quem souber
dar-lhe o devido valor.
Ósculos e amplexos,
Marcial
Existe algo de novo acontecendo. É um despertar para a vida que
já não se esperava observar. Trata-se do que vem acontecendo com as
encantadoras componentes do sexo feminino atualmen-te. Principalmente as charmosas
“mulheres maduras”.
Simplesmente resolveram de vez despertar para a vida, e estão indo à
luta, buscando desencavar sonhos antigos que viviam sufo-cados pelas
“obrigações” de sua lida doméstica, e estão encantan-do a todos que tem o bom
gosto
de apreciar o fruto desse sonho agora realizado.
A propósito, recebi uma quadrinha muito apropriada que me foi enviada por uma nova amiga. É de autoria de Maria Carpi. Vejam:
“Aos 13 anos,
julguei-me semente antiga.
Agora, madura,
Não passo dos treze,
Árvore menina.”
É
exatamente esse o ponto. Árvore menina, não encontro melhor definição para a mulher madura de hoje. Tem a força e a garra de uma
“árvore
menina”, ao mesmo tempo em que tem a condição de dar sombra,
proteção e
amparo para quem dela depender.
Essa mulher madura hoje, quando em seus treze anos tinha perspe-ctivas sombrias de vida. Era preparada apenas para ser
“dona de
casa”. Então já
se julgava semente antiga, pois tudo já estava tra-çado. Crescer.
Casar. Cuidar da casa, dos filhos e do marido. Ponto final.
Contudo, estão agora descobrindo que são
“árvore menina”. Que ainda podem e devem fazer muita coisa. Que
tem todo o direito de descobrir que são poetas, escritoras, pintoras,
artistas enfim. Se a maturidade lhes corta de certa forma um eventual progresso pro-fissional, só
lhes falta descobrir
os pendores artísticos. Para a arte não existe idade.
Sempre serão
“árvore menina” desde que descubram isso em seu interior.
Enfim, esse “despertar para a vida”
tem apresentado resultados simplesmente maravilhosos.
Que talentos estavam deitados eternamente em
berço esplendido.
Quanta beleza guardada em
“fundo de baú”... Felizmente as
“ár-vores
menina”
estão desabrochando e nos brindando com seus
fru-tos, e que frutos deliciosos...
Também estão descobrindo algo que ficou muito tempo sufocado,
ou
seja, sua sexualidade.
Uma coisa que parece estranho para as jovens de
hoje, era a coisa
mais comum algumas décadas atrás. O grande tabu chamado SEXO.
As jovens da época desconheciam o prazer sexual. Era-lhes passada
a ideia pura e simples de que o sexo era pecado, e só deveria
ser usado com a
finalidade reprodutiva.
Tal educação (ou seria melhor dizer “deseducação”)
provocou ini-bições que perduram até hoje. Só que agora elas estão descobrindo e
cobrando sua parte. Sabem que tem direito a isso que lhes foi proibido
por muito tempo, e estão descobrindo a sensualidade e a sexualidade que ficou
adormecida
tanto tempo.
Em alguns casos, essa nova tomada de posição assusta os compa-nheiros, e causa problemas de relacionamento. Eles que esta-vam acostumados a
ver suas companheiras apenas como donas de casa assexuadas, não
sabem como proceder, e por causa dis-so, surgem alguns desentendimentos,
que podem ser acertados com um bom diálogo. Se houver interesse e
possibilidade
de ambas as partes para esse diálogo, é claro.
Para encerrar, uma palavra especialmente dedicada às poetas que me
tem enviado suas poesias, igualmente às artistas que fazem obras de arte
com
suas formatações, às amigas que empenham-se em
repassar o que de belo
lhes cai nas mãos. A elas, meu muito obrigado e a certeza de
que as palavras
com que comento seu tra-balho são absolutamente sinceras.
Adoro degustar o sabor dos frutos dessas
“árvores menina”.
A todas as
“árvores menina”
que estiverem lendo esta mensagem, quero dedicar um beijo no coração
todo especial, e que todas, sem exceção, tenham
UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Santos - SP
www.prosaepoesia.com.br
Fundo Musical: Europa (Sax Triste) -
Composição Carlos Santana - Gato Barbieri |