Mulheres... simplesmente mulheres


Minha mais sincera homenagem às criação
máxima do Amigão... AS MULHERES...
Como o mundo seria triste e sem graça, sem elas...
Beijos poéticos para todas elas, e para eles,
meus parabéns por as saberem tratar
(pelo menos para os que sabem fazer sua parte...)
Marcial

Verdadeiramente o grande feito, para não dizer o grande milagre que estamos observando com a Internet, é o verdadeiro despertar para a vida de pessoas que em sua maioria estão conseguindo uma reação sensacional contra padrões impostos no passado.

Estou me referindo ao que vem acontecendo com as atitudes das mulheres, hoje maduras.

Não podemos nos esquecer da maneira como antigamente era en-carada a educação feminina, toda ela direcionada para as coisas do lar. Desde que soubessem cuidar das tarefas de casa, estavam aptas para o casamento. Tinham que saber cuidar dos filhos, mas sequer podiam pensar em sexo ou educação sexual. Falar sobre isso então... Era crime federal.

A leitura mais cobiçada pelas jovens da época, era A Carne, de Júlio Ribeiro, que hoje pode ser indicado como literatura  infan-til... Nas escolas, esse livro era lido avidamente pelas meninas, às escondidas. Se fossem pegas com esse livro nas mãos, era repri-menda na certa, e chamada dos pais à escola.

Essa reação contra o status quo começou com os movimentos fe-ministas, mas não tinham grande penetração entre as donas de casa, que até ridicularizavam as feministas da época, que, con-forme se dizia, eram feministas porque não tinham homens que as colocassem em seu devido lugar.

Essas donas de casa limitavam-se exclusivamente a cuidar do conforto de maridos (estes os senhores soberanos e absolutos) e dos filhos. Sua vida pessoal, seus desejos, sonhos, ficavam sufoca-dos. Como pessoas, praticamente inexistiam.

Claro que isso não é regra geral, sempre houve mulheres corajosas que desafiavam essa tirania, o que por vezes lhes custava caro. O macho dominante sempre procurava cortar-lhe as asinhas. O que nem sempre conseguiam. E sempre houve homens com melhor visão da vida, e que as apoiavam, e as tratavam adequadamente, com igualdade e, sobretudo, com respeito.

Lentamente a coisa foi mudando. Os homens sempre reagiam contra qualquer  tentativa feminina de invadir território masculi-no. Exemplificando, entre meus colegas vendedores, os comentá-rios fervilhavam quando começaram a surgir as primeiras heroínas trabalhando como vendedoras na praça de Santos. Comentavam ironicamente sobre o que teriam de fazer para conseguir vender. Perguntava a eles se era dessa maneira que conseguiam tirar seus pedidos, ou se o faziam profissionalmente, como profissionais que elas eram.

Hoje acredito que existam mais vendedoras do que vendedores... E desempenhando muito bem seu papel.

E isso ocorreu e vem ocorrendo em quase todas as profissões. Não tem mais aquela mentalidade rançosa de que tal e qual coisa é só coisa de homens.

Até o direito de frequentar bares e encher a cara elas já tem... Calculem que há não muitos anos atrás, mulher desacompanhada em bar, era sinônimo de prostituta. Estava à caça de homens. Era essa a visão da época.

Agora a situação está quase chegando no ponto ideal. Preconceitos ainda  existem. Por incrível que possa parecer, ainda existem pes-soas que acham que lugar de mulher é em casa. Ainda existem maridos que usam a odiosa frase: Mulher minha não faz isto ou aquilo. Só o que eu deixo fazer... Pode? Não pode...

Pode até ser, mas apenas para aquelas que realmente gostam de ficar em casa. Que simplesmente assumem sua postura e querem permanecer exclusivamente como senhoras de seu reino, que é o lar. Já é uma outra postura. Já tem o direito de escolha.

O que assistimos atualmente é uma prova definitiva de quão errada era a colocação machista da época. As mulheres demonstraram ca-balmente que conseguem multiplicar-se. São profissionais compe-tentes em suas funções, e ainda conseguem cuidar de seus lares.

Não cabe aqui fazer comparações sobre quem é melhor, o homem ou a mulher. Não existe mais isso. As coisas estão de tal maneira em seus devidos lugares, que, da mesma maneira, existem mulhe-res fazendo funções antes consideradas  masculinas, sem perderem a feminilidade, como também existem muitos homens executando e bem, funções ditas femininas e isso sem perder sua masculinida-de.

Na verdade o que existe, é competência. As pessoas certas nos lu-gares certos, independendo de sexo, mas sim de capacidade para desempenhar as funções.

O que é preciso, na realidade, é todos entenderem de uma vez por todas que o entendimento entre homens e mulheres não deve ocor-rer apenas na cama,  mas sim em todos os pontos de vista, nunca podendo ser esquecido o ponto de vista que melhor direciona o en-tendimento entre os seres humanos: MEU DIREITO TERMINA ONDE COMEÇA O SEU, E O SEU TERMINA ONDE COMEÇA O MEU.

Assim sendo, o importante, crianças, é termos
UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry
Santos - SP
www.prosaepoesia.com.br



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