Preconceitos
 
Recebi em 01/03/2006
 

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Para falar sobre preconceitos, não podemos
ter preconceitos...
 

                               PRECONCEITOS

                                        Marcial Salaverry

Esta é uma palavra que sempre causa um certo preconceito. 

T
enho preconceito por quem é preconceituoso.

É algo que não tem nada a ver.

Trata-se de um princípio básico para a harmonia entre seres huma-nos.

Precisamos respeitar para sermos respeitados.

E preconceito é o máximo que existe em matéria de desrespeito. Seja qual tipo  for, pois sempre será uma discriminação que estamos fa-zendo.

Estamos condenando alguém por não ser igual a nós, ou pior ainda, por não ser como nós queremos que seja.

Se uma presença ou companhia não nos  agrada, basta que nos afas-temos, sem deixar patente nossa atitude discriminatória.


Podemos citar um sem número de preconceitos.

Todos serão odiosos.

Seja racial, e neste caso há que se notar que existe um preconceito generalizado, de todos contra todos.

Na teoria, somos todos iguais perante Deus, ou perante a Lei.

Mas não é o que ocorre.

Depende de onde se esteja, sempre haverá alguém sendo prejudica-do, ou mesmo perseguido por não pertencer a esta ou aquela raça.

Por não ter esta ou aquela cor de pele.

Também pode ser social, quando pessoas se discriminam por serem pobres ou ricas, como se as diferenças sociais fossem indicativo de uma melhor qualidade, ou de uma melhor moral.

Salvo prova em contrário, todos merecem as mesmas oportunidades.

É verdade que muitas pessoas não aproveitam chances para uma melhoria de condição de vida, mas isso nunca será motivo para discriminação.

Contudo, existe um tipo de preconceito que é o mais triste de todos.

É aquele praticado contra pessoas portadoras de alguma deficiência, seja de nascença, seja provocada por acidente.

Pode-se até considerar que não lhes seja dado um tratamento diferenciado, mas pelo menos devem ter as mesmas oportunidades de sobrevivência que todo e qualquer ser humano merece.

Não podemos conceber que, apenas por não dispor das mesmas condições, sejam rejeitados.

E muitas vezes por seus familiares mesmo.  Justamente por aqueles que mais deveriam apoiá-los, que  deveriam oferecer todo auxílio, ajudando-os a vencer na vida apesar da deficiência adquirida, seja ela auditiva, visual, mental, física.

Normalmente a falta de condições normais, poderá provocar blo-queios de personalidade, alguns chegam a se julgar inúteis para a Sociedade, principalmente quando as restrições e o desprezo come-çam em casa. 

Se forem tratados como inferiores desde criança,  lhes será mais difícil superar os traumas.

O ponto mais importante, é sua aceitação. Apenas isso já é um grande passo.

O fato de não serem considerados um estorvo por causa de sua deficiência, mas sentindo-se amados, não por causa, mas apesar da deficiência, já será de grande ajuda.

Não se trata de piedade, trata-se de amizade, carinho. O mesmo tra-tamento dispensado a todos.

A mesma atenção.

O que mais lhes dói, é sentir que são discriminados, e até menos-prezados, simplesmente porque não estão no parâmetro de “pessoas normais”.

Talvez a pior de todas as deficiências seja de quem os trata assim, ou seja, a deficiência espiritual. Todas as outras tem solução.

Para os deficientes auditivos, já existe uma série enorme de recursos que lhes permitem “ouvir”  quase tudo.

E até melhor que muita gente.

E se entendem muito bem.

E ninguém reclama porque estão gritando...

Para os visuais, não só Braille deu um jeito, mas hoje até já conse-guem escrever ao computador.

Para os mentais, existem diversos tratamentos e muitas oportu-nidades que já conseguem coloca-los em um bom nível de vida.

Existem deficientes físicos campeões de diversas modalidades esportivas.

E são melhores atletas que muitos atletas não deficientes.

As Paraolimpíadas estão aí para prová-lo.

Não podemos deixar de falar de um sem número de artistas plásticas que sequer conseguem usar as mãos, no entanto suprem essa dificuldade com sua vontade férrea, usando a boca, os pés para nos brindar com telas maravilhosas.

Agora os infelizes deficientes espirituais não tem jeito.

Não se consegue entender o que se passa na cabeça de pessoas capazes de discriminar um filho, um irmão, um amigo, um vizinho, apenas porque não é “normal”, segundo sua mesquinha concepção de vida.

Ponham a mão na consciência.

Sintam a injustiça que estão praticando.

E vamos tratar de salvar suas almas.

Para começar, que tal ter UM LINDO DIA...

LUZ... PAZ... AMOR


 

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