Insegurança masculina


Efetivamente, tenho notado que atualmente, os homens começam a ficar  assustados ante a perspectiva de assumir um compromisso mais sério. Preferem levar a coisa mais na flauta.

Só que não estão entendendo que as mulheres não estão mais para brincadeira. Estão mais interessadas em quem as respeite como mulheres, e não apenas como objetos de desejo, só destinadas ao sexo.

Tal desencontro vem ocorrendo geralmente com os homens que vão passando pelos trinta em diante. Nessa faixa etária, vem ocor-rendo um fenômeno curioso, pois existe dois tipos distintos, desta-cados abaixo:

SOLTEIRÕES: Esses, geralmente por imaturidade, preferem conti-nuar levando a vida descompromissada de barzinhos, e de intermi-náveis bate papo com os amigos. Muitas vezes encontram garotas com as quais chegam a ter vontade de assumir algum compromisso.

É aí que o circo pega fogo. Existe a pressão dos amigos que não querem perder o companheiro de farras. Ele reluta entre ser cha-mado babacapor eles, topando o compromisso, ou então deixar passar e perder aquela que poderia ser sua companheira efetiva pelos anos afora.

Também ficam com o tradicional medo de largar essa vida livre, assumir o compromisso, e depois as coisas não darem certo. Aí ele fica no desvio sem os amigos e sem a companheira sonhada. Só que, se nunca tentar, nunca vai saber se poderia ou não ter dado certo. Dizem que a felicidade só bate uma vez à porta. O caso é saber identificar a batida, para saber se é ela que está lá...

Essa indecisão por vezes custa caro... Custa a oportunidade de ser feliz...

DESCASADOS: Aqueles que se casaram cedo. Por uma razão ou ou-tra, casaram-se cedo. Quando essa união não dá certo, e o casal se separa, fica o trauma da separação prematura. Fica o medo de as-sumir novo compromisso e não dar certo de novo. Nesses casos, en-tão a insegurança domina  completamente as ideias masculinas. Que fazer? Perguntam-se.

Uma coisa interessante, é que esses nossos heróis, por vezes se sentem especialmente atraídos por um certo alguém que surge à sua frente. Que fazer? Gosto dela. Acho que poderia ser a mulher de minha vida. Mas e se não for? Nessa dúvida cruel, nessa insegu-rança enorme, procuram ir empurrando a situação com a barri-ga, mantendo a moça em suspenso. Não a assumem, e nem que-rem largá-la. Ela tolera a situação por algum tempo, até que dá um ultimato, tipo ou vai ou racha.

Ele fica indeciso e pede um tempo. Ela dá esse tempo, separam-se e ela continua vivendo, saindo, considerando-se livre. Afinal, ele pediu um tempo para pensar. Só que nosso herói continua indo aos mesmos lugares em que sabe ela estar, e fica vigiando, para ver se encontra outro...

Seria cômico, não fosse trágico. Encontra uma pessoa de quem gos-ta, mas não se decide. Não a assume, mas não quer que ela arranje outro. Então amigo... Se gosta dela, vá em frente. Tente. Se não der certo, sempre se pode tentar novamente. Se quebrar a cara, procure consertá-la. Fazer o que?

Não tenham dúvidas de que mais tarde, poder-se-á lamentar tanto o fato de ter tentado, como de não ter tentado.

Mas, podem ter certeza de que a ideia de ter deixado passar a oportunidade de ser feliz vai marcar muito mais no futuro do que uma tentativa que não deu certo.

Principalmente se você souber que aquele alguém hoje é feliz ao lado de outro, e você ainda continua esvaziando copos de chopes com os amigos sobreviventes. Valeu a pena ter pedido aquele tempo? Não teria sido melhor se deixasse a covardia, e a insegu-rança de lado e tivesse se arriscado a quebrar a cara? Agora é tarde para lamentar, meu amigo. A oportunidade lhe sorriu... e você não entendeu...

Bem amigos e amigas, ainda existe muito a se falar sobre INSEGU-RANÇA MASCULINA.

Voltaremos ao assunto. Até lá tenham todos UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry
Santos - SP



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