Curiosamente vivencio o presente pensando em meu saudoso ontem e preocupado com o dia seguinte. Não me atenho que ama-nhã, este hoje será o meu ontem, fazendo parte integrante do meu passado, inexoravelmente agregado a ele. Quantos ontens formam os meus idos tempos? Quantos amanhãs serão acrescentados ao meu futuro? Não dou o devido valor ao meu hoje vivido. Deveria aprovei-tar melhor cada minuto dele para tornar mais sorridente meu pas-sado, praticar o bem para dele orgulhar-me, renunciar às minhas ambições para sentir-me plenamente realizado, plantar mais flo-res, esquecer meus rancores para lembrá-lo com o coração em paz, ajudar aos carentes para mais me aproximar de Deus! No meu despertar de amanhã começarei a construir um pas-sado somando a ele apenas doces recordações. Abrirei meu peito e coração a este novo ideal, sem medo de errar, sem sentir culpa por ser feliz. Quando o anoitecer abraçar este hoje de agora, esta-rei erradicando definitivamente o meu, até então, passivo porvir. Sairei da plateia e passarei efetivamente a atuar no proscê-nio da vida que Deus me dá para servir. Certa feita li, em algum lugar: “Aquele que não vive para servir, não serve para viver!”. Guardarei na mente este adágio com todas as forças que ainda me restam. Vou agir, sair a campo. Atenção passado: Aí vou eu procurando acertar e ajudar a ca-da minuto de um de meus futuros hojes! Deus, ajudai-me como O tendes feito até agora! Assim seja, amém! Ary Franco |