Poucos se aperceberam que este nosso Mundo, para milhões de míseros mortais, já se acabou há muito tempo. Uns poucos privi-legiados continuam vivendo sem esforço, sem sacrifícios, lo-cupletando-se com nababescos sortilégios. Recebem, de mão beija-da, heranças nem sempre honestamente conseguidas, passadas de geração para gerações e seguem em frente, sem olhar para os lados, muito menos para baixo. A esses, longe está o Reino dos Céus. Causam inveja ao Rei Midas cumulando imensas fortunas terrenas mas, na mesma proporção, se empobrecendo perante Deus. Nada levam com eles, pois tudo nada mais era bens de posse provisória. Tudo deixam aqui, em meio ao pó em que se transfor-mam, pós-morte. Para outros, subsistentes sem chão firme para pisar, vão malogrando seus 21 de dezembro a cada dia do calendário. O ar torna-se rarefeito, subnutridos por escassez de alimentos, teto frá-gil deixando-os ao relento, alicerces de fina e quebradiça porcela-na não suportando o peso das intempéries que sobrecarregam seus frágeis ombros. A eles, o Reino dos Céus! Os sapientes Cientistas que perdoem este pobre néscio, mas Deus jamais iria levar de uma única ceifada, num simples findar, crentes e ateus, justos e pecadores. Guardem suas conclusões ba-seadas nos supostos idos ditos dos Maias em priscas eras. Posso afirmar que o Mundo venha um dia realmente a acabar para alguns, como já acabou para muitos outros de nós que por aqui continuam pagando eventuais pecados. Mas tudo paulatinamente... de acordo com a Sublime Vontade Divina. Escrevo esta crônica na noite de 20 de dezembro, quando, em determinados paises de nosso Globo Terrestre, o fatídico dia 21 já se iniciou e nada deveras aconteceu. Vamos ao Natal comemorar o Aniversário de Nosso Irmão Maior Jesus Cristo. O resto, torna-se o RESTO!
Ary Franco |