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Sabemos que existem muitos casais que
vivem juntos mas apenas para manter as aparências.
Nossa terra não é
diferente...
Mas este episódio merece ser contado!
Alguns anos atrás, um casal muito conhecido da
elite teresense vivia como “cachorro e gato”.
Entretanto, sempre mantinham um comportamento adequado quando estavam na
presença de amigos e filhos.
Os dois estavam brigados fazia muito tempo...
Escondiam dos filhos e de todos.
Mas não sei como
isto vazou, pois eles eram artistas de um elenco da novela das oito!
Nas
festas se tratavam como dois pombinhos.
Chegando em casa a coisa era diferente!
Na hora de ir para a cama, tiravam debaixo dela
uma tábua, que iriam usar para separar os dois durante a noite toda.
Um
não via o outro.
A tábua separava o casal, com sua imponente força de madeira.
E suspiros longos eram ouvidos nas madrugadas frias.
Não se sabe de quem foi a ideia da tábua, mas
podem ter certeza que foi da esposa, pois mulheres é quem tem estas
ideias fantásti-cas!
Mulher é criatividade pura, digo eu...
Imaginemos o que o marido aprontou, para ela agir
assim.
Pela manhã a tábua era retirada e colocada debaixo da cama.
Seus
filhos não desconfiavam de nada.
Para eles, seus pais era um casal perfeito.
Estavam sempre muito juntos e eram tão carinhosos...
Mal
sabiam eles, que seus pais não faziam amor, pois a danada da tábua não
permitia.
Na verdade eles até que queriam tirar a tal tábua,
mas quem iria ceder primeiro?
Então foram vivendo desta maneira, até que
um dia aconteceu!
Lá pelas tantas da noite, o marido espirrou:
- Atchim... atchim...
A esposa, que era muito educada, disse para o
marido:
- Deus te ajude!!!
E o marido respondeu:
- Este “Deus te ajude”
foi de coração?
E ela toda carente, mimosa como ela só, (ah,
mulheres....) respon-deu:
- Foi...
Então o marido aproveitou a dica e todo carinhoso
para com a es-posa fez a pergunta que ela estava esperando fazia tempo:
- Então, tira a tábua???
Acreditem, mas nunca mais a tábua foi usada para
tal separação.
Eu posso imaginar os dois pombinhos levando a danada da
tábua para queimar nas profundezas do... fogão de lenha deles!
Mas fica aqui uma ideia ...
Cada casal devia ter
uma tábua da separação.
Mas se um dia precisarem de usá-la, que um dos
dois dê o primeiro espirro, logo no primeiro minuto.
O nosso casal deste conto deixou de se amar tantos
dias... não sa-biam que era só um espirro que os uniria para sempre!
Eita espirro poderoso!!!!!!!!!!
Sunny Landrith
(*)
Maria Cecília Sancio
Lóss – “Contos de Saudade”
– Livro em edição, 2009,
em parceria com
Sunny Lóra, cheia de emoção.
(Créditos a ADERBAL CROCE, contando contos)
Enviado por Sunny Landrith em 05/09/2009
Alterado em 20/10/2011
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