Complemento da
Apresentação |
Oxum
ou
Oloxum
(do Iorubá),
também grafada como
Osun,
Oshun
ou
Ochun,
na
religião Yoruba,
é um
Orixá
que reina sobre a água doce dos rios, sendo considerada a senhora da beleza,
das águas fluviais, do amor, e muito ligada à riqueza, à vaidade, e ao poder
feminino.
É
representada
por uma
mulher africana
cercada de ouro,
espelhos,
carregando
um
bebê no colo,
representando o seu poder da beleza e de afeto.
É cultuada no
Candomblé, na Umbanda e em diversas religiões afro-americanas.
Oxum é dona do
ouro e da nação Ijexá.
Tem o título de
Ìyálòdè
entre os
Orixás.
Oxum é
filha de Iemanjá e Oxalá.
Oxum,
Iansã
e
Obá
eram
esposas de Xangô.
Muitos dizem
que
Oxum enganou Obá
e a induziu a cortar a orelha e colocá-la no Amalá de Xangô, criando, com
isso, uma grande desa-vença entre ambas.
Mas, pensa-se que
Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô.
Muitos
difundiram
este mito
porque Oxum é a
Orixá da beleza e
da juventude,
ao
passo que Obá
tem mais idade e
protege as
mulheres dignas,
idosas
e
necessitadas,
além de trabalhar com Nanã.
Quem afirmar que
há uma desavença
entre Oxum e
Obá
e que esta é a
menos amada por
Xangô está
totalmente
enganado, porque
Obá
é aquela mulher que fica ao lado do marido e que mais recebe o amor dele.
Quanto ao fato de
algumas qualidades lutarem entre si, não é por cau-sa da “desavença”,
que nem é verdadeira, e sim porque as qualidades fazem uma representação de
conflitos e guerras do tempo em que tais qualidades estavam na Terra.
Do mesmo jeito que,
se
houver uma
qualidade de Iansã
que, quando viveu na Terra,
teve uma guerra
com Ogum, quando
ambos incorpo-rarem, representarão uma luta entre si, para mostrar que
possuíam certa desavença, e um pouco da história do mundo.
Vale lembrar que
estamos falando
dos Orixás Obá e
Oxum,
e não de suas qualidades (caminhos).
Os Orixás tiveram
uma história aqui na Terra,
e as
qualidades,
outra.
Então,
se
Iansã
tiver um conflito com
Ogum,
não podemos dizer que a Iansã (Orixá)
tem conflito com Ogum (Orixá),
porque quem tem a desavença são suas qualidades, e não os
Orixás entre si.
O seu
nome deriva do Rio Osun,
que corre na
Iorubalândia,
região nigeriana de Ijexá e Ijebu.
Rio Osum |
Foto de Alex Mazzeto |
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Identificada no jogo do Merindilogun
pelos
Odu Ejioko
e
Ôxê,
é re-presentada pelo Candomblé, material e imaterialmente, por meio do
assentamento sagrado denominado
Igba Oxum.
É tida como um
único Orixá que
tomaria o nome de acordo com a ci-dade por onde corre o rio, ou que seriam
dezesseis e o nome se rela-cionaria a uma profundidade desse rio.
As mais velhas ou
mais antigas são encontradas nos locais mais pro-fundos (Ibu),
enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos.
Exemplo:
Osun Osogbo,
Osun Opara ou
Apara,
Yeye Iponda,
Yeye Ka-re,
Yeye Ipetu.
Em sua obra “Notas
Sobre o Culto aos Orixás e Voduns”,
Pierre Fatumbi Verger escreve que
os tesouros de
Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.
O templo situa-se
em frente e contém
uma série de estátuas esculpi-das em madeira,
representando
diversos Orixás: “Osun
Osogbo, que tem
as orelhas grandes
para
melhor ouvir os
pedidos, e
grandes olhos,
para tudo ver.
Ela carrega uma
espada para defender seu povo.”
O Festival de Osun
é realizado anualmente na cidade de
Osogbo,
na
Nigéria.
O
Bosque Sagrado de
Osun-Osogbo, onde
se encontra o
Templo de Osun,
é
patrimônio mundial
da
Organização das
Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura desde 2005.
Estátua
representando Oxum em Ipanema,
em Porto Alegre, no Brasil |
Estátua de Oxum em
Porto Alegre |
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Oxum é
um Orixá feminino da nação Ijexá,
adotada e cultuada em to-das as religiões afro-brasileiras.
É o Orixá das
águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da
beleza.
Em Oxum,
os
fiéis buscam
auxílio para a
solução
de
problemas no amor,
uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vi-da financeira,
a que se deve sua denominação de “Senhora
do Ouro”, que
outrora era do
Cobre, por ser
o metal mais
valioso da época.
Na natureza,
o
culto a Oxum
costuma ser realizado nos rios
e
nas ca-choeiras
e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.
Oxum é símbolo da
sensibilidade e
muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se
transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Candomblé Bantu: A
Nkisi Ndandalunda,
Senhora da
fertilidade e da Lua,
muito
confundida
com
Hongolo
e
Kisimbi,
tem
semelhanças com
Oxum.
Candomblé Ketu:
Divindade das
águas doces,
Oxum é a padroeira
da gestação e da fecundidade,
recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as
durante a gravidez.
Protege,
também,
as crianças
pequenas até que comecem a falar,
sendo
carinhosamente chamada de
“Mamãe”
por seus devotos.
Espelho de Oxum |
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Representação de
Oxum no Brasil |
Oxum no Brasil |
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Kare:
Veste azul e
dourado,
cor do ouro.
Usa um Abebé
e um Ofá dourados.
Iyepòndàá ou
Ipondá: É a mãe de
Logunedé,
Orixá
menino que com-partilha dos seus axés.
Ambos dançam ao
som do ritmo Ijexá,
toque que recebe o nome de sua região de origem.
Usa um Abebé
(espelho de metal)
nas mãos,
uma Alfange
(adaga),
por ser guerreira, e um
Ofá
(arco e flecha)
dourado, por sua
ligação com Oxossi.
É uma das mais
jovens.
Yeye Okè:
Qualidade de Oxum
que tem
fundamentos com o
Orixá Oxossi,
Oxoguiãn,
Yemanjá,
essa qualidade
de Oxum habita nas
mon-tanhas, é uma
caçadora noturna companheira de
Karé,
utiliza um Ofá
e
Abebé
e um Erukere.
Iya Ominíbú:
Qualidade de Oxum que habita nas nascentes dos rios.
Iya mérìn:
Qualidade de Oxum vaidosa,
dizem que é
qualidade da Mãe menininha de Gantois.
Conta-se que essa
Oxum não toma a cabeça de seus filhos na idade ma-dura tem ligação com Ewá.
Ajagura:
Qualidade de Oxum
Guerreira nova e
agitada, dona dos
Ikodidés, tem
fundamentos com Xango, carrega um
Alfange
e Abebé.
Ijímú:
Qualidade de Oxum de
caráter mais velho muito feiticeira,
com grande ligação com as
Iyamis,
muito poderosa tem
fundamentos com Nanã,
Oyá,
Xangó,
Omulu.
Yeye Ipetu:
É uma Oxum de culto muito
antigo, no
interior da flores-ta,
na nascente dos
rios,
ligada a Ossaiyn
e, principalmente,
a Oyá,
dada a sua ligação
com Egun.
Èwuji, Iyá Bòtò,
Iyá Nlá.
Oxum Opará ou
Apará: Qualidade
de Oxum, em que
usa um Abebé
e um Alfange
(adaga)
ou espada.
Caminha com Oya
Onira, com quem
muitas vezes é confundida.
Diferente das
outras Oxuns por
ter enredo com
muitos Orixás, vem
acompanhada
de Oyá
e Ogum.
As sete folhas
mais usadas para
Oxum são:
Efirin,
Eré tuntún,
Macas-sá,
Teté,
Ejá Omodé,
Wuê mimolé
e Ewê boyí funfun.
Na
Umbanda, o culto a Oxum apresenta poucas diferenças em relação à Religião
Iorubá e ao Candomblé.
Oxum,
nas religiões afro-brasileiras, é
sincretizada
com
diversas Nossas
Senhoras.
Na Bahia,
ela é tida como
Nossa Senhora das
Candeias ou
Nossa Sen-hora dos
Prazeres.
No Sul do Brasil,
é muitas vezes
sincretizada
com
Nossa Senhora da
Conceição,
enquanto no
Centro-Oeste
e
Sudeste
é associada ora à
de-nominação de
Nossa Senhora, ora
com
Nossa Senhora da
Conceição Aparecida.
Na Região Nordeste,
é
sincretizada
com
Nossa Senhora do
Carmo.
Em Minas Gerais,
é
sincretizada
com
Nossa Senhora das
Dores.
No Norte do Brasil,
é
sincretizada
com
Nossa Senhora de
Nazaré.
Na
santería cubana, é
chamada Ochún.
O
sincretismo deste
Orixá se dá na
santería
com
Nossa Senhora da
Ca-ridade do Cobre,
padroeira de Cuba.
Caminhos de Oshun no
Lukumí |
Na
tradição cubana Lukumí, Oxum tem muitos caminhos ou manifes-tações.
Algumas delas
incluem:
Oshun Ibu
Ikole-Oxum,
o abutre,
falcão,
águia,
predadores.
Esta Oxum
está
associada com
bruxas (Ajé),
e os
seus símbolos
são:
o abutre,
o almofariz
e
o pilão
(símbolos de
feitiçaria).
Em Cuba,
seus
mitos dizem que
esta Oxum salvou o mundo,
por voar as orações do mundo a
morrer até o Sol
(Orun),
onde
Olodumare vive,
no entanto, na
África Ocidental
este
mito é atribuído a
Yemoja.
Oshun Ibu
Anya-Oxum dos tambores
(Drums).
Esta Oxum
é a
padroeira da dança
e
dos tambores Anya.
Ela diz para
dançar incessantemente para esquecer seus problemas.
Oshun Ibu Yumu:
Esta Oxum é a mais
velha Oxum.
Ela se senta no
fundo do rio, tricotando.
Oshun Ibu D'Oko:
Oxum,
a
esposa de Orixá
Oko.
Esta Oxum
é
retratada como um
sulco para ser arado
e uma
vulva gi-gante,
enquanto
seu marido Orixá
Oko é um
fazendeiro
e
retratado como um
falo gigante.
Esta é uma das
manifestações mais obviamente procriativa de Oxum.
Oshun Ololodi:
Oxum,
a adivinha.
Esta Oxum
é
a esposa de
Orunmila, o
Orixá da
adivinhação Ifa.
Oshun Ibu Akuaro:
Oxum,
a codorna.
As crianças desta
manifestação de Oxum
são consideradas
pessoas muito
nervosas.
No
Haiti,
Oxum é a Orixá do
amor,
do dinheiro e da
felicidade.
Também
conhecida
como
Erzile
ou
Erzulie,
Erzulie Freda
no
Daho-mey.
Fonte: Wikipédia
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Ervas:
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Camomila,
Celidônia,
Coentro,
Colô-nia,
Erva-cidreira,
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Doce,
Gengibre,
Jasmim,
Lágrimas de Nossa Senhora,
Lírio Amarelo,
Mamão,
Melancia,
Melão,
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