Não ter vergonha de dizer
que é um
Umbandista e de
ser identificado como tal, tendo que sofrer por não negar o que é, e ser o
que é com dignidade, com amor e dedicação, mesmo sendo ofendido física,
espiritual e moral-mente,
sendo chamado de adorador
do Diabo, de Satanás,
de servo dos Encostos,
de atrasado,
de sujo,
de ignorante,
conservador,
alienígena,
lou-co...
e, mesmo assim levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade,
amando a sua religião com todo carinho que ela merece.
Sentir a força do
soar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força
dentro de uma gira e no trabalho espiritual, vestindo o branco sem vaidade
e não tendo orgulho por alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos
seus guias ter ajudado.
É colocar suas
guias e sentir o peso de uma responsabilidade, onde muitos possam ver
ostentação.
É chorar, sorrir,
andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca,
tendo vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não tendo vergonha de pedir
pelos outros.
De se dar, acima
de tudo a um trabalho espiritual, entrando em um terreiro sem ter hora para
sair, vendo um consulente entrar chorando, e vê-lo mais tarde sair do
sorrindo mesmo que esse seja o último consulente a ser atendido, tendo a
esperança que um dia, nós
Umbandistas,
acharemos a receita do respeito mútuo estando sempre pronto para servir a
espiri-tualidade seja no terreiro, seja numa encruzilhada, seja na calunga,
seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos... seja em qualquer
lugar onde nosso trabalho seja necessário.
Saber que um
terreiro,
um centro, uma
casa de Umbanda é
um local espiri-tual
e não a Religião
de Umbanda em seu
todo, mas todos os
terreiros,
centros
e casas de Umbanda,
representam a Religião de
Umbanda, e que
uma casa de Umbanda
não vende nem dá salvação,
mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho e que não faz
milagres, quem os faz é Deus, e quem os recebe os mereceu.
Saber respeitar
para ser respeitado, amar para ser amado, ouvir para ser escutado, tanto a
sua casa, o seu sacerdote e pela sua
Religião de Umbanda
como um todo: irmandade
sabendo dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
Saber conversar
com seu sacerdote e tirar às suas duvidas, pois nem sem-pre estamos
preparados... e que é necessário sacrifícios, tempo e dedi-cação para o
sacerdócio, devendo haver atitude junto com as palavras: ”falar
e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar...”
É saber que a
Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder
econômico, não vê credo.
Só vê ajuda,
caridade, luta, justiça cura, lágrimas, aflição, alívio, raiva, amor, mau e
bom, mal e bem... os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os
problemas de quem a procura.
Mesmo sem beber e
fumar, dar liberdade aos seus guias para que eles utilizem esses materiais
para ajudar ao próximo, confiando que te deixem sempre bem após as sessões.
E de se dar ao seu
Orixá para que ele te possua com sua força pedindo para que deixe um pouco
dessa força para que você possa viver o seu dia-a-dia, numa luta constante
em benefícios dos que precisam de auxilio espiritual, mesmo nos piores
momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que
os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações,
estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e coragem.
Fonte:
umbandaeocaminho.blogspot
Pub 2017