Todo ser
humano, de alguma forma, é intermediário das inteligências de-sencarnadas, ou
seja, dos espíritos.
O que acontece é que,
muitos julgam por mediunidade apenas as questões
relativas aos fenômenos mais aflorados,
mas segundo a concepção espírita,
todos somos,
invariavelmente,
Médiuns, pois de alguma forma sofremos as
influencias externas, ou influenciamos alguém.
Nos templos de
Umbanda é comum encontrarmos Médiuns de todos os graus,
todos dando muita atenção ao dom oracular, ou seja, o dom da in-corporação,
incorporando um mentor espiritual e através de seus conselhos e ensinamentos
podendo então, ajudar seus semelhantes.
Mas as manifestações mediúnicas não se restringem somente as incorpora-ções,
vejamos então, algumas das principais formas de manifestação medi-única:
Médiuns
Sensitivos ou Impressionáveis |
São chamadas assim as pessoas suscetíveis de sentir a presença dos
Espíritos, por uma vaga impressão a qual nem sempre sabem explicar, essa
faculdade mediúnica é indispensável para o desenvolvimento das outras.
Esta
sensibilidade é derivada da glândula pineal que fica localizada no
mesocéfalo, na junção entre o cérebro e a espinha dorsal.
São aqueles particularmente aptos a produzirem fenômenos materiais como,
o movimento de corpos inertes, a produção de ruídos, etc.
São divididos em
Facultativos, aqueles que têm a consciência
de sua medi-unidade e produz os fenômenos por sua vontade e os
Involuntários
ou Naturais, são aqueles que a mediunidade exerce sem que eles saibam, eles
não têm consciência dos fenômenos que ocorrem.
São aqueles que ouvem a voz dos espíritos, que às vezes
se fazem ouvir como uma voz interior e em outras como uma voz exterior,
clara e distinta, qual a de uma pessoa encarnada.
Neles o Espírito atua nos órgãos da palavra, geralmente
o Médium falante se exprime sem ter a consciência do que diz, embora se ache perfeita-mente acordado e em seu estado normal, e outros em estado
sonambúlico ou próximo ao sonambulismo.
Essa faculdade mediúnica, quase sempre, é efeito de uma crise passageira,
por isso há de se ter muito cuidado para não confundí-la com a imaginação.
São aqueles que têm a faculdade de ver os espíritos.
Essa faculdade é raramente permanente, quase sempre é efeito de uma crise
momentânea e passageira.
Eles acreditam ver com os olhos, mas na realidade é
a alma quem os enxer-ga, e é por isso que ele vê tão bem tanto com os olhos
abertos ou fechados.
Médiuns Escreventes ou Psicógrafos |
São aqueles que têm aptidão para obter
a escrita direta dos espíritos, de todos os meios de comunicação espírita,
esse é considerado pelos espíritas o mais simples e mais cômodo.
No movimento umbandista, as entidades normalmente se manifestam pela
Incorporação ou pela
Radiação Intuitiva, onde o
Médium recebe as men-sagens
das entidades por meio da intuição, sem a necessidade da incor-poração, sedo
a incorporação a modalidade mediúnica mais utilizada.
Isso porque trazem as
comunicações da “boca” dos próprios espíritos, ou seja, eles estão presentes
no momento das manifestações, próximos aos Médiuns, dando mais
confiabilidade nas comunicações, já que podemos “ver”
o espírito
manifestado,
reconhecendo-o através de seus próprios mo-vimentos,
ações,
voz,
etc., que se diferem totalmente das do Médium, mostrando assim sua
individualidade, o que possibilita o fortalecimento dos laços entre o
espírito e o consulente.
As incorporações
dividem-se em
Inconsciente e
Semiconscientes,
isso de acordo com o grau de intervenção do Médium.
Na
Incorporação Inconsciente,
o espírito do Médium se afasta e deixa que o espírito comunicante “assuma”
o seu corpo físico, assim o Médium não interfere na comunicação, mesmo seu
espírito estando às vezes, consci-ente no plano astral.
Já na
Incorporação Semiconscientes, o espírito do
Médium se afasta um pouco
do corpo, mas mantém ligação consciente com ele, enquanto que o espírito
comunicante assume as funções motoras do corpo físico do mé-dium.
A
semiconsciência pode variar de intensidade, ou seja, o
Médium pode ter desde
um grande grau de inconsciência até um grau quase total de cons-ciência.
O Médium, neste caso, tem enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de
consciência, mesmo assim, na maioria das vezes, após a manifestação ele não
se lembra de nenhum fato ocorrido durante a mesma.
Há de se ressaltar
um fato que é muito importante,
na incorporação o espí-rito comunicante não entra no corpo físico do Médium,
mas apenas toma as rédeas da situação,
controlando o corpo físico com ou sem intervenção do Médium, o espírito se
aproxima do corpo, mas não o toma ou entra nele.
As ligações mediúnicas entre o espírito e o corpo físico do
Médium são
efetuadas através do perispírito, ou corpo astral do Médium, e para isso
usam os chacras correspondentes a sua linha de atuação.
Quando a entidade incorpora ou nos momentos pré-incorporativos, o médi-um
sente uma mudança no seu campo vibracional, e é assim que consegue, com o
tempo e experiência, distinguir uma entidade da outra, pois as vibrações
energéticas de cada entidade se diferenciam uma das outras.
Em geral, a natureza das comunicações está sempre relacionada com a natureza
moral do espírito e do Médium, trazendo aí o cunho de sua elevação ou de sua
inferioridade, de seu saber ou de sua ignorância.
Também há de se observar
que as comunicações de um espírito também são mais ou menos perfeitas, por
tal ou qual intermediário de acordo com suas simpatias, baseados nisso,
simplesmente é um erro querer obter, mesmo de um bom Médium, boas
comunicações em todos os gêneros mediúnicos conhecidos.
É bom certificar-se sempre das qualidades morais do espírito que as
trans-mitem, bem como das qualidades do Médium, visto que este é o instru-mento do qual se serve o espírito.
O texto não traz o
nome do autor
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