No supremo dia em que a escolha se faz,
e o silêncio é d’oiro, quanto forte e capaz,
teu corpo submetido à fértil inteligência,
fez-se entendido, já nos outros é decência.

Não queiras senão o que porque lutaste,
nem menos nem mais, o quanto lá deixas-te…
nem queiras nem insistas, na doce sensação,
que meloso é o mel e tentadora sua afeição.

No preito e justo sentido, das coisas vivas,
onde a honra é caminho certo e capacitado,
não há vergonhas nem vidas subentendidas,

somente aquilo e àquilo, com que te prestas.
E se é vero, que quando o gesto é justificado,
é porque em ti fica e nos outros bem atestas.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 12/09/2024



*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.