À Mesa Com Ary
Que diga o mundo o que disser,
mentecapto, sinistro ou ladrão,
que desde já o digo de antemão,
que bem o narre quem o souber.
Silente letargia, o que lá couber:
filhos da mãe, charlatão,
se assim não for será tudo em vão,
ou o tudo quanto não se quiser.
Só quem à força der jus à razão,
pouco mais que nada irá ganhar,
velho e relho, rude e burlão,
aos caídos p’la cidade de papelão!
Não tem mais jeito, que procurar,
pedras sem valor na palma da mão.
Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 20/09/2024
*Por decisão do autor, o texto está escrito de
acordo com a antiga ortografia. |