Almas Rudes
 
Recebi em 23/04/2023



Almas Rudes

Bem sei das gentes sua estranheza
Que bem me julgam no mal julgar
Não me conhecem por sua certeza
Qual a minha em saber-lhes do duvidar.

Por entre as névoas do preconceito
O omisso é pretenso e rude espírito;
Não lhe dêem senão vosso peito
Não calem mais que certo grito.

Mas quem sabe desta mi alma
Que o coração lhe achega a preceito
De tão simples, a julgar direito

Inda se esvai com tamanha calma,
Por entre a estreiteza do que passa
No seu caminho de regresso a casa.

Jorge Humberto
Santa Iria da Azóia - Portugal - 14/05/2004



* Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.


 

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