O Natal veio em Julho e, quem diria
Que transportou com ele, uma certeza,
De se deixar a praia e ir pra mesa
Pra data festejar, com alegria.

Então, nesses momentos de euforia,
Com diferente data, e com surpresa,
Toda a família junta, com nobreza,
Recorda esse Dezembro de agonia.

Com todo o sofrimento de Jesus
Em suplício, pregado numa cruz
Para gáudio de alguns, doutros orgulho.

A data de lembrar um tal delírio
Em que, por nós, sofreu esse martírio
Será sempre, e não só Dezembro ou Julho.

António Barroso (Tiago)
Portugal