Medição Matemática
Na sua esmagadora maioria,
Meus versos são ornados da plumagem
De amores que vivi, no dia a dia,
Da fantasia, do sonho e da miragem.
E se um mestre de grande economia
Me perguntasse qual era a dosagem
- Noventa e tal por cento – eu diria,
Pondo esta minha rima em percentagem.
Parece-me, no entanto, descabido
Usar um teorema sem sentido
P´ra definir um amor, uma paixão.
Que os versos que se fazem, de assentada,
Que brotam de tudo e surgem do nada,
São rimas sem usar duma equação.
António Barroso (Tiago)
Portugal
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