PRÓPRIA CARNE
Rivkah
Silenciosamente choro...
É um choro tão restrito
que da dor
só eu ouço meu grito
e vejo o ferimento.
Não sei se oro
ou desesperadamente
imploro
para que haja
entendimento!
Na vista, se faz o breu
Ninguém se reconhece
Não sei se a mão entregue
é minha
ou de algum irmão meu!
Lá dentro há um aceno
São minhas artérias
matéria da minha matéria
onde corre o veneno!
O que fere mais?
A espera
ou o aguarde
da próxima leva
para quem almeja a Paz?
As duas doem,
estou sentindo
e a Elohim pedindo
que este sangue que está saindo
NÃO SEJA
DA PRÓPRIA CARNE!