Trancada estou
entre quatro paredes
caiadas de branco
Encerraram-me
como velhos retratos na parede.
Engavetaram-me
com lembranças reduzidas a quase nada,
Acorrentaram-me
as saudades
num poço sem fundo de recordações ...
O mundo em volta
permanece fervilhante
vil, cruel, violento.
Cada vez mais virulento
e ninguém se toca.
Cada vez menos confiável, amigável ...
Onde ficaram nossos princípios,
nossa solidariedade,
jogados no lixo da sobrevivência do
salve-se quem puder?
Quando poderei
andar descalça na areia da praia,
correr pela grama do jardim
em busca de uma bela flor,
observar o brilho da lua,
olhar o céu contando as estrelas
e novamente sorrir pra Vida,
sem nenhum medo,
com lágrimas escorrendo de felicidade pelo rosto?
Quando, não mais ...?
FELICIDADE... ONDE ESTÁS ...?
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 24/10/2004
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