Num universo de imaginação
banal,
meu verso é pouco, atemporal,
seu reverso, pura miragem, sem igual ...
Com passos descompassados
como a seguir um coral em procissão
vou em frente, decisão já tomada ...
As cicatrizes por hora havidas
foram o bastante para comprometer e
se fazer presente na hora da separação ...
O avesso do reflexo que ficou
margeado pela ingrata solidão espelhada
no rosto sombrio, estampou-se no olhar ...
As marcas, ilusões,
ressentimentos,
agora são registros esmaecidos em cinzas
que soprei ao vento para refazer meus sonhos ...
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 02/09/2007