Ao pé da Acácia


O sol no horizonte está se colocando.

No mar a lua se espelha.

O sol nas águas salgadas mergulha,

indo com sua amada encontrar.

Sorrio... Vem-me à lembrança nós dois.

Lembro os momentos bons que

passamos juntos.

Sinto as suas carícias,

seus afagos,

as suas mãos percorrendo meu corpo,

seu corpo, sobre o meu corpo a vibrar.

Já faz tanto tempo...

Será que você ainda se lembra?

Sinto frio... sinto falta do teu calor.

Nos separamos por bobagem

tudo começou com uma briguinha a toa.

Eu era jovem e temperamental,

Você jovem e orgulhoso.

No auge da discussão,

falamos palavras que não devíamos

ter dito.

Arrumei as malas.

Segurando-as com firmeza,

fui em direção à porta de saída.

Juro que pensei

que você fosse segurar minhas mãos,

impedindo-me de ir, que

fosse me enlaçar em seus braços

e selar minha boca com um beijo de perdão.

Mas, você nada fez,

ficou apenas me olhando partir.

Foi assim que com tristeza

e mágoa sai da sua vida.

Fomos felizes na juventude, é certo.

Com alegria nossas juras

a acácia guardou.

Mas foi com muita tristeza

que a mesma acácia,

nossa separação presenciou.

Muriel E. T. N. Pokk
São Paulo - SP

Livro: Poesias ditadas pelo coração 


 

 
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