Sonreir de nuevo


Sonreír cuando el alma llora
ser feliz con las carencias
vivir tan lejos de los que añoras
así es desde ahora, mi existencia.

A todo nos acostumbramos, es cierto
si aprendemos a bloquear los pensamientos
no permitir mas... tener el corazón abierto
ni por un segundo, en ningún momento.

Hay heridas tan hondas, impidiendo el contento
puñaladas inesperadas, que te matan por dentro
¿Donde quedó la ternura, cuando mi ser latía lento?
¿Donde se fue el amor, o sigue allí y no lo siento?

¿Está escondido en la ciudad... aquella de cemento?
y al estar hoy cerca del mar... ya no lo recuerdo?
¿Porque entonces lloran mis ojos y se estremece mi cuerpo?
Y se deslizan lágrimas, mientras mis manos muerdo?

¿Dónde están los dueños de mis penas
como y cuando dejaron de amarme...
de preocuparse y necesitarme
si sigo aquí con las manos llenas...

Y llora la madre sin consuelo
a veces de pié, a veces en el suelo
mas se alza orgullosa después de cada desvelo
porque cree en Dios y El la cuida con celo.

No anhelo venganza, veo el paisaje tan bello
ni quiero compasión, soy dueña del cielo
cuando acuno en mis brazos todos esos sueños,
que junto a mis hijos tejí con esmero.

Se que en ésta vida no volveré a tenerlos
quizás pasen por mi lado y crucen la vereda
y aunque yo siga sin verlos...
nadie jamás podrá robarme todos mis recuerdos...

Las olas susurran vuestros nombres
la brisa roza mi rostro envejecido
mientras ustedes se hacen hombres
mientras mi corazón... está vencido.

Hasta las nubes dibujan vuestros rostros
y el viento temeroso no los toca
como si borrarlos fuera pecado
para esta mujer que ya esta loca.

Que nadie diga que mi sentir ha sido frío
la distancia impuesta no alcanza el corazón
el amor, malherido, no sabe de razón
y en mis sueños siguen siendo míos...

Matty Canales
Chile 06 Diciembre 2009


Tradução para o Português
por Carlos R. Lemberg

Sorrir de novo

Sorrir quando a alma chora
ser felíz com as carências
viver tão longe dos que tem saudades
assim será a partir de agora, minha existência.

A tudo nos acostumamos, é certo
se aprendermos a bloquear os pensamentos
não permitir mas... ter o coração aberto
nem por um segundo, em nenhum momento.

Existem feridas profundas, impedindo o contentamento
punhaladas inesperadas, que lhe matam por dentro
Onde ficou a ternura, quando meu ser pulsava lento?
Onde se foi o amor, ou segue ali e não o sinto?

Está escondido na cidade... aquela de cimento?
e ao estar hoje perto do mar... já não o recordo?
Porque então choram meus olhos e se estremece meu corpo?
E se deslizam lágrimas, enquanto minhas mãos mordo?

Onde estão os donos de minhas aflições
como e quando deixaram de me amar...
de preocupar-se e me necessitar
continuo aqui com as mãos cheias...

E chora a mãe sem consolo
às vezes em pé, às vezes no chão
mas se eleva orgulhosa depois de cada insônia
porque acredita em Deus e Êle a cuida com zelo.

Não desejo vingança, vejo a paisagem tão bela
nem quero compaixão, sou proprietária do céu
quando embalo em meus braços todos esses sonhos,
que junto a meus filhos teci com esmero.

Sei que nesta vida não voltarei a tê-los
possivelmente passem por meu lado e cruzem a calçada
e embora eu siga sem vê-los...
ninguém jamais poderá me roubar todas minhas lembranças...

As ondas sussurram seus nomes
a brisa roça meu rosto envelhecido
enquanto vocês se fazem homens
enquanto meu coração... está vencido.

Até as nuvens desenham seus rostos
e o vento temeroso não os toca
como se apagá-los fora pecado
para esta mulher que já está louca.

Que ninguém diga que meu sentir foi frio
a distância imposta não alcança o coração
o amor, ferido gravemente, não sabe a razão
e em meus sonhos seguem sendo meus...


Matty Canales
Chile 06 Diciembre 2009


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