Dá-me a manhã a alegria de um novo dia que transborda meu coração de um amor profundo pelas coisas, mesmo que só, ou na companhia de meu gato que me olha.
Ouço o grito das borboletas e o Tejo redondeia, murmulho e espuma e luzes ultrassolares. É como se sentisse suas águas percorrendo todo o meu corpo de energias renováveis,
e as chuvas, em um outro país africano, trouxessem aos rios, as águas de primeira necessidade: isto eu penso quando olho as notícias parciais que dizem catástrofes - inundações e tempestades;
se são as manhãs que logo apagam tristezas maiores e me trazem o complexo corriqueiro de um Mundo que devia ladear todos os povos antes do entardecer que tudo leva e maltrata.
Por isso testemunho, que as silentes manhãs trazem ruídos escondidos antes de nós persuadidos - pelo nosso bem-estar -, de seguir em festa o que só as manhãs nos dizem com verdade!
Jorge Humberto Santa-Iria-da-Azóia -
Portugal - 26/09/2022

*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.
|