Humanidade (Lembrei-me de António Aleixo)
 
Recebi em 03/11/2024


Nossa Humanidade é posta em causa
quando a comida não vai à boca de uma criança.
Todas as guerras justificam uma pausa
definitiva, se esse é o caminho da esperança.

Acabaram-se os tempos das cobaias
do veneno ilícito p’ra cognição das farmacêuticas.
Vestidinhos de folhos e de cambraias
e das gentes desprezíveis em salas terapêuticas.

E uma criança violada, aonde sua dignidade?
Não há dor maior dor mais doída
que ver manchada p’la ralé, sua intimidade -
ao pedófilo, prisão perpétua não deve ser destituída!

E ao mais de nós, perceber que, em discordância,
poderá ser um bom amigo.
Na débil amizade, e em concordância,
aquela que sempre diz sim, pró seu umbigo.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 31/10/2024



*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.

 
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