Tudo me é contraditório e sem agilidade nesta extrema confusão que dói de doer… me faz sentir se penso integridade o quanto penso no pensamento a desvanecer.
Os propósitos são muitos na verdade que tento estabelecer algo racional; e quanto mais anseio uma realidade sobe o pano para logo descer na horizontal.
Escuridão e ansiedade – Medo irracional; ao ver-me perder a ‘razão’: invariavelmente cega surda e muda caída no chão; trivial mas morrendo de saudade humildemente!
Passo as noites sem dormir de dia pouco como, barriga cheia de misérias atrofias noite minguada à luz de um couto de umas velas apagadas, onde antes me sorrias.
Mas é chegando o fim da madrugada que algo aqui faz sentido e abro os braços e sorrio antes que outra noite – alienada - traga seu séquito maltrapilho e eu feito pedaços.
Pobre de mim, nem lembro mais quantos fui e aquele outro que era ‘eu’ - o poeta? Faz um ano que não escrevo (quebrantos e paixões), meu coração trespassado por uma seta.
Isto que escrevo não deve fazer sentido para muitos, talvez só para quem o escreveu. E lembrando minha Musa ficará erigido este poema, daquele que nunca te esqueceu…
Pois que se faça já um acordo entre os dois: quando tudo parecer perdido (no sofrimento que nos traiu) daquela alegria lembrando sóis será nos amigos no amor que virá o alimento.
Jorge Humberto Santa-Iria-da-Azóia -
Portugal

*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.
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