Tudo o que a sorte me negou, aos caminhos que escolhi, num passado distante lá ficou, no presente, eis… que me vivi.
Longe joguei as recriminações, todas as palavras malditas, das vis e insensatas insinuações, das estradas então proscritas.
Tijolo a tijolo, ergui o meu ser, que no espelho se via; e a cada ditoso amanhecer, de mim, o que prevalecia.
Quais vermes rastejando no chão, intentaram demover-me, porém, apelando ao meu coração, de deter, não deixei deter-me.
Então dei-me ao sol, e à pureza, com toda a sagacidade, caminhando com mui destreza, meu ser feito humildade.
Jorge Humberto Santa-Iria-da-Azóia -
Portugal - 21/12/2001

*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.
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