Pra quê tanto
assim??? ...Pois é!
Gui
Oliva
Amizade
aparenta... e um abraço tenta,
finge que
estima... deita verso em rima,
quanto mais
inventa... mais beijo esquenta,
carinho
arremeda... atenção desmentida,
desprezo ante o verso... que ninguém lê,
que
nem se intente... não tem porque.
A aposta da
conta... o valor que espanta
que não jogue
tanto... pois não vai vencer,
recolhe as
cartas... já nada encanta,
e não se
antecipa... vitória santa
com jogo
vencido... não se pode ver
quem vai
ganhar... e quem vai perder.
Mas que tempo
esse... que passa estranho,
segue assim
expresso... não completa ano,
caminha
errado... trilha um atalho,
atravessa a
ponte... tempo equivocado
vida que se
repete... só pisa cascalho
desvia ágil,
ressente... um olhar cigano.
Quiçá pouco momento... como tal vetor
de vento que
assopra... mas sem calor,
e tudo
passa... retorna sem graça,
mais amargo o
remédio... melhor a cura,
se receita
indolor... qual o quê doutor,
se não aplica agulha... contra desamor.
Se rebeijar
ressurge... de boca impura,
banco
sozinho... no meio da praça,
se o sol
renasce... se pode crer
finda a noite
nua... pra se viver,
até rebrilha
a lua... perdida a graça
oculta por nuvens... mistério em bruma.
Com vida
refeita... razão se refaz,
alma
acordada... coração compraz,
se na lida da
vida... não sabes quem és
e na pena da
lira... não sabes quem sou,
foi miragem
o tudo... quem fantasiou,
diz sim,
aqui fico... digo parto e me vou.
Final do
versejo... o fim de uma espera,
versos soltos,
libertos... como quisera,
é também saber...
um adeus dizer
sem mais
demora... até mesmo um inté,
e
indagar... por quê tal querer?
explicar pra quê tanto assim? ...Pois é!
Santos/SP 14/01/2008
Som: Pois
é Pra quê?