A dor de toda noite

Recebi em 23/03/2013

Resgate do baú...estranhável pode ser mas, entenda-se como baú aquele que guarda os arquivos d´alma...
estes versos de novembro de 2004 fantasiam sobre uma dor da madrugada que é mais antiga do que eles... beijins, Gui


A dor de toda noite
Gui Oliva
 
Agora,
todos foram embora
e me deixaram só,
infinita e
definitivamente só.
 
A madrugada avança,
e essa dor de lança
destrói minha cabeça
e nela dá um nó.
 
E continuo só
sem piedade e dó...
 
É dor, mas dor aguda,
dor que não tem jeito,
é dor toda de saudade
dor que vem do peito,
 
dor de uma lembrança,
mas o tempo alcança
o fim de ser criança.
 
Sobra essa pontada
como uma facada,
destroça o pouco
que restou de mim,
 
sobrou apenas
na insone madrugada
sobreviver, com a certeza
de que é chegado o fim...
 
fim da noite para renascer
num belo amanhecer.
 
29/11/2004
 
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