Nova manhã


Extinguiu-se e com ele a vida em triste adeus,
esse dia atravessou o tempo, apressado, sem parada,
impôs os seus castigos para os sonhos meus,
por capricho fez assim, como quem não quer nada.

A noite chegou e lançou, sem querer, suas espadas,
seus pecados sombreados pelo breu da solidão,
as estrelas foram então os guias na fria madrugada,
abrigada por uma lua azulada dando cor à escuridão.

De repente, depois de tanto tempo insone,
dentro de mim como um novo amanhecer,
o ciclone de uma aurora que não foi vilã.

Não... alçou-me gelada com seus raios mornos,
e ao despertar-me com um sol de mais querer,
banhou-me com toda claridade de nova manhã.

Gui Oliva
Santos - SP - Manhã 06/08/2007




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