Cuida


Ai que pena que eu não tenha
a sabedoria da inspirada pena,
estou sem eira nem beira,
despojada da poesia serena
que se queira,
mas tento versejar para ti.

Amor meu, paixão antiga minha,
tu és o ser que fez o amor
florescer na minha vinha,
agora embora tão ressecada

pela ação do tempo,
ainda fazes brotar dela
doce uva desse querer,
com o qual me animo,
para beber o suco do prazer,
teus beijos, tuas carícias,
aquece-me no calor
de tuas mãos, teu olhar sereno,
sê tal qual um refinado vinho
mas cuida de mim amor...
compreende e não me espanques
com palavras e
com teu distanciamento.

Não finjas que esqueceu,
dedica a mim sempre
um teu especial momento...
para o beijo meu.

Gui Oliva
Santos - SP - 23/09/2007




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