Por que tanta
pressa, amigo?
Por que tanta indiferença?
Alegre quando
chegamos,
tão cínico quando partimos.
Na juventude
ignorado, até mesmo
desprezado.
Nos momentos de
amor, no entanto,
passa rápido. Sem ser notado. Pé ante pé,
dizendo baixinho, e com ironia:
- Aproveita amigo, enquanto há Tempo...
Nas solidões,
digo, nas solidões frias
do inverno... Confunde-se com a eternidade
no caminhar entristecido do relógio.
Tempo! Meu bom
Tempo! Há
quanto Tempo tento enganá-lo,
disfarçado em alma de menino...
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 03/06/2005
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