Antes de te
encontrar,
não sabia o que era sonho...
Não este sonho
comum,
fantasioso,
que se alimenta
da noite.
Que se rende ao
vazio
e desfalece ao amanhecer.
Sem nexo.
Às vezes,
profano, mundano...
Apenas
sequencias de emoções
que se sucedem, se negam,
em cores indefinidas, ilógicas...
Em ti encontrei
o verdadeiro sonho...
Claro, definido, conscientemente
livre...
Nas emoções
vivas dos desejos
que sonhos imaginávamos ser.
E passei a
sonhar acordado,
sem o temor do irreal, do súbito
despertar...
Sem medo
que teus lábios perdessem a cor...
Teus olhos o brilho...
Teu corpo a magia do prazer...
Desejo e sonho
se refugiam em
nossos corpos,
quando precisam se amar.
Distraídos...
Na noite que não
termina.
No dia que não chega.
Na eternidade que finge
passar...
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 17/01/2006
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