Hoje, Amada, o meu maior desejo é morrer
de amor...
Calmamente deitado em teus braços a
sentir o profundo acariciar do teu olhar.
Replantar no teu insaciável corpo as flores do
desejo que, na estação do amor, eu sempre colhia
junto com o teu profundo e incontido prazer...
E, se possível, com tua alma fugir na velocidade
que o tempo hoje ainda me permite.
Imitando os inesquecíveis filmes do passado,
quando, jovens e embevecido, assistíamos as
maravilhosas e românticas fugas de amor.
Mas, com a mesma ansiedade do menino que
desejava o primeiro beijo dar, sempre encorajado
pela magia da penumbra do cinema...
E ressuscitar em algum lugar onde não existisse
o fim, apenas o início de tudo.
Do amor,
Do prazer,
Da vida...
E lá renasceríamos sem nada mudar,
com o mesmo amor e o antigo prazer...
E a vida, apenas uma estação teria, a estação do
amor, onde eu te colheria por toda a eternidade e
reviveríamos assim, em cada amanhecer, um antigo
e novo prazer...