Bruxinha Maat
Minha Bruxinha. Em pequenina figura te alternas, disfarçada em foto, na tela sonhadora do meu computador... Cores variadas, mas o mesmo sorriso. Fixo, constante. Com a chuva impiedosa que cai, divago entre o sério momento de reflexão e a diversão de imaginá-la voando na chuva. Volto à realidade. És magia pura. Que podem estes simples pingos contra o poder do teu olhar, meigo, indefinido, diria angelical... Leva-me Bruxinha, com a magia que te envolve a percorrer o espaço. Aquela estrelinha que tanto amei, apresenta-me a ela. Roubemos um pouco do seu brilho só para iluminar o meu triste ocaso... O motivo é nobre, Deus nos perdoará. Meu corpo, pesado, desgastado pela luta diária podes deixar na Terra... Abandone-o no Mar. É um presente de quem tanto o amou... Quando as vagas acariciarem os teus pés, pela suavidade da espuma, saberás que sou eu. Não digas a ninguém. Este será um segredo só nosso... Um segredo que só quem amou a vida, superando injustiças, perdoando almas medíocres, amparando os desiludidos, poderá descobri-lo. Na ilusão do horizonte, onde mar e céu parecem se encontrar, meu espírito, sempre infantil, o teu som imitará, rindo: - Vruuuuummmmm... Domingos Alicata. Rio de Janeiro - RJ - 02/12/2005 Poesia dedicada para a Poetisa Sônia Maria J. Sogawa Formatado por Carlos R. Lemberg em 18/08/2011 com carinho para o Poeta Domingos Alicata. |
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