Gargalhastes quando declarei o meu amor por ti. Ignoras o quanto me feriu tua atitude debochada. Tempo algum saberás o tamanho da dor que senti. Mesmo humilhado, continuas sendo minha amada. Ainda ressoa em meu peito teu desdém retumbante. Sempre te insinuavas, como se oferecendo pra mim. Em nossos encontros, provocavas-me todo instante. Tua forma de me olhar, dizia-me que estavas a fim. Só após tua reação inusitada, totalmente sem nexo, Despertei para que nada mais querias além de sexo. Eu te amava. Tu apenas me querias eroticamente. Nada de qualquer compromisso, de forma decente. Teu gargalhar ecoou nas quatro paredes do quarto. Dissestes bastante neste teu proceder despudorado. Deixastes bem claro, logo após nossos gozos fartos, Tudo vias em mim, menos um amante apaixonado. És uma ninfomaníaca! Não te prendes a ninguém. Sempre insaciável, te entregas num rodízio sem fim. Hoje foi comigo, amanhã não importa com quem. Só me restou sonhar, em um dia ter-te só para mim!
Ary Franco |