Salvem-me

Carrego comigo um coração combalido,
Apaixonando-me fácil e frequentemente.
Em meu peito, um amor sempre é implodido
Não podendo continuar, seguir em frente!

Sou um incurável romântico inveterado.
Quantas mil paixões tive que renunciar,
Deixando-as vagando em névoas do passado
E sorrindo, chorava impedido de amar!

Por que não me detenho numa amizade?
Por que no decorrer dessa terna relação,
Cresce algo bem superior a uma afetividade?
Aí vai meu coração arrastado de roldão!

Sei que meu inevitável fim será morrer de amor,
Nem sempre correspondido com o mesmo ardor.
Mas seguirei eternamente amando alguém,
Mesmo sabendo que terminarei só, sem ninguém!

Ary Franco



Anterior Próxima Poetas Menu Principal